Você poderia contar um pouco da sua história na Oceânica?
Oficialmente entrei na OCEÂNICA em fevereiro de 1988, mas entre novembro de 87 e janeiro de 1988 participei da qualificação dos primeiros procedimentos de inspeção submarina da empresa. São 36 anos com muito trabalho e muitas realizações. O desafio na época era ajudar a montar uma empresa que se distinguisse pela Qualidade, entendendo qualidade como prover serviço, e executar toda a ação com segurança e eficiência, de acordo com padrão estabelecido por normas e dentro da melhor técnica disponível. Esse desafio é contínuo e a busca por excelência nos serviços é a meta.
Tive a oportunidade de trabalhar diretamente no campo, vivendo os riscos e as conquistas em quase todas as regiões litorais do Brasil.
Trabalhei com grandes profissionais que desde o início foram professores, como Moacir Ferreira, que me ajudou e ainda hoje atua cuidando com muito esmero dos equipamentos e dos serviços que precisamos entregar. Hoje tenho uma equipe comprometida e aguerrida com Márcia Dias, Leonardo Duran e Alexandre Matheus que se destacam e se complementam por suas competências.
Com qual valor da Oceânica você mais se identifica e por quê?
Acredito que o valor da Oceânica com o qual mais me identifico é a capacidade de aprender com os novos desafios e de se reinventar ao longo dos anos, essa Flexibilidade que remete a INOVAÇÃO é uma das marcas da OCEÂNICA. Nessa realidade acelerada e mutante que hoje vivemos, as empresas já não podem mais contar com vantagens competitivas sustentáveis por longo período, acredito que hoje a vantagem competitiva que permite perenizar a empresa no mercado é a CAPACIDADE DE APRENDIZADO a INOVAÇÃO e a FLEXIBILIDADE, que neste caso é a adaptação ao novo, a aceitação da necessidade e oportunidade de mudança. Como na natureza, as espécies que se adaptaram mais rápido e melhor foram as que sobreviveram, o que é absolutamente verdadeiro para as empresas, também há uma seleção natural do mercado que alija as empresas que não tem capacidade de se adaptar a ele, há histórias recentes de empresas que colapsaram. Ressalto que, de nada adianta sermos flexíveis se não soubermos em que sentido flexibilizar, que novo caminho tomar, portanto, a informação e o conhecimento são fundamentais e de essencial importância na tomada de decisão, a informação e o conhecimento já são hoje o principal capital de uma empresa e deve ser administrado como um bem, que embora intangível é indispensável a manutenção e ao seu crescimento.
O que significa “sangue verde” para você?
É um termo bastante utilizado internamente para descrever colaboradores de nossa empresa, que normalmente se sentem como parte ativa e importante na busca de um objetivo maior, que tem pensamento e ação de dono. É claro que é importante que o time entenda suas atividades e como desempenhá-las com diligência, de acordo com os procedimentos, isso é inegavelmente muito importante. Contudo, na minha opinião, existe um outro grupo de características estimuladas e cultivadas há muitos anos com muita dedicação pelo Alfredo, nosso fundador, que em minha opinião são também difundidos subliminarmente na empresa como: Ética, Senso de dono, Resiliência, que são transmitidos com exemplos e atos de seu corpo de profissionais, cultivando um ambiente de trabalho que estimula o senso de pertencimento, orgulho e criatividade, e muito importante, a vontade de fazer parte de algo maior no crescimento da OCEÂNICA. Acredito que o termo sangue verde vem dessas características.
Qual foi o seu maior desafio na liderança da área comercial da Oceânica?
Não me entendo como um Comercial típico, acredito que não teria bons resultados em outro ramo de atividades, por exemplo, numa empresa de aviação. Entendo ser um comercial técnico.
Inicialmente eu fazia o operacional, o comercial, e o legal, este último ajudado pelo Dr. Pedro Henrique, e o que tivesse que ser feito, pois a empresa ainda não dispunha condições de ter essas áreas, fomos galgando mais contratos e serviços e pudemos ter novos colaboradores em cada uma das áreas e agora estou aqui no Comercial, onde entendo ser fundamental cumprir com o combinado que nos faz conquistar a confiança do cliente.
Quanto ao maior desafio penso foi entender como a Oceânica poderia em um mercado competitivo e em constante mudança, atuar e se estabelecer como um fornecedor importante e confiável para nosso principal cliente, que hoje é a Petrobras. É o desafio constante pelos últimos 36 anos.
Claro que toda a construção ocorreu em conjunto com outras diretorias, times técnico, financeiro e parceiros, foi importante desenvolver estratégias inovadoras, motivar equipes envolvidas e nos manter atentos e relevantes frente às necessidades e demandas dos clientes. Além disso, foi e continua sendo, uma meta muito perseguida na Oceânica, a solidez e sustentabilidade financeira, de gestão e ambiental, ainda que durante esses anos tenhamos enfrentado e superado crises e cenários econômicos muito desafiadores.
Luis Assumpção e sua equipe: o analista comercial Alexandre Matheus e a gerente comercial Márcia Dias.
Quais são os principais objetivos comerciais da empresa para os próximos anos?
Os objetivos comerciais da Oceânica são muito ambiciosos, contudo, baseados na usual segurança e estabilidade que fazem parte de nossa história, sempre não dar um passo maior que a perna. Nos últimos 10 anos, e mais recente na condução pelo CEO, André Arruda, a Oceânica despontou como uma das principais companhias de serviço Subsea do Brasil, com 19 embarcações especiais em sua frota, mais de 40 ROVs, mais de 2.000 funcionários e se consolidou como uma das empresas mais seguras nas atividades de mergulho no mercado, atividade esta, que desempenhamos há mais de 46 anos. Importante mencionar nosso fundador, Alfredo Califfa, que sempre guiou a empresa na busca de resultado com segurança operacional. Embora se estabelecer como a melhor empresa de engenharia submarina do Brasil seja obviamente uma meta a ser perseguida, entendo que os objetivos devem permanecer sendo conquistados de forma sustentável, permanente e consistente como vêm sendo ao longo desses anos. É importante mencionar que o mercado brasileiro também se modificou nos últimos anos e que está nos planos comerciais da Oceânica, atender com a usual excelência, não só seu principal cliente, a Petrobras, como também os outros players que agora se estabelecem no cenário brasileiro, assim como o futuro mercado de Eólicas Offshore que já desponta.
Embora se estabelecer como a melhor empresa de engenharia submarina do Brasil seja obviamente uma meta a ser perseguida, entendo que os objetivos devem permanecer sendo conquistados de forma sustentável, permanente e consistente como vêm sendo ao longo desses anos.
Qual é a importância do relacionamento com o cliente no sucesso das operações comerciais?
O relacionamento franco e claro é de extrema importância no sucesso em qualquer interação entre indivíduos, inclusive muito importante internamente, pois em uma empresa todos somos clientes e fornecedores entre si. Com referência ao cliente externo, por meio de um relacionamento atencioso e respeitoso nos é possível compreender as necessidades, desejos e expectativas dele. Um bom relacionamento com o cliente permite que a empresa se consolide no mercado como sendo a alternativa confiável que pode ser empregada até mesmo quando as condições mais críticas se apresentam. Além disso, um relacionamento bem estabelecido permite que recebamos feedbacks e sugestões, que se convertem em ferramentas essenciais e poderosas a serem utilizadas buscando maior eficiência nos serviços e processos para serem testadas e melhoradas. É possível também anteciparmos tendências e necessidades futuras do mercado, o que pode nos colocar em uma posição vantagem competitiva.
Além de tudo, essa boa convivência, relação profissional e parceira reforçam a imagem e reputação da empresa no mercado, sendo, portanto, o relacionamento com o cliente parte essencial da nossa estratégia de negócio.
Qual a importância da sua família?
É a parte mais importante da minha vida e principal fonte de equilíbrio emocional, onde me reabasteço com a troca de amor e carinho. As alegrias e porque não dizer também os momentos difíceis, me encorajam a seguir em frente e compartilhar momentos muito valiosos com eles.
A família é o nosso primeiro grupo social, onde aprendemos valores, normas e comportamentos que nos moldam como indivíduo, entendo hoje como foi grande o esforço e dedicação dos meus pais, tento fazer valer esse esforço e irradiar isso agora com meus filhos. Minha família é fundamental para a minha felicidade e bem-estar! Sou casado, tenho dois filhos, genro, nora e recentemente uma neta linda.
Minha família é fundamental para a minha felicidade e bem-estar! Sou casado, tenho dois filhos, genro, nora e recentemente uma neta linda.
Qual conselho você daria para os colaboradores que estão começando na Oceânica?
Embora a grande especialista no assunto seja minha colega, diretora Fabiana Boquimpani, vou me arriscar a dar alguns conselhos:
É importante demonstrar entusiasmo, garra, resiliência e proatividade na realização e desenvolvimento de seu trabalho, absorvendo as responsabilidades atribuídas.
Estar sempre aberto a aprender, adquirir conhecimento e desenvolver novas habilidades, isso vai aprimorar o desempenho e desenhar um caminho de sucesso.
Procure colaborar com seus colegas de equipe e de trabalho, isso com certeza criará um ambiente de trabalho positivo, produtivo e muito agradável de estar.
Seja aberto ao feedback construtivo e utilize-o para melhorar continuamente seu trabalho e suas habilidades.
Mantenha uma comunicação clara e transparente com seus superiores e colegas, buscando sempre alinhar expectativas e evitar mal-entendidos.
Entenda sempre que ninguém é melhor do que ninguém.
Muito obrigada por aceitar fazer esta entrevista para a Revista Oceânica. Estamos muito felizes por ter a oportunidade de conhecer um pouco mais do seu universo!
O prazer foi meu, fiquei muito honrado e espero logo conhecer os próximos escolhidos!