No dia 18 de maio, comemora-se o Dia Internacional da Mulher no Mar. Instituída em novembro de 2021 pela Organização Marítima Internacional (IMO) para celebrar a presença feminina na indústria marítima, a data destaca a crescente importância das mulheres num setor profissional ainda majoritariamente masculino. A IMO contabiliza que apenas 2% da força de trabalho marítima e portuária do mundo é feminina. Aqui na Oceânica temos uma crescente participação de mulheres que ocupam lugares de destaque com cargos de diferentes níveis.
Seja como engenheiras, oceanógrafas, técnicas de segurança, marinheiras ou em outras funções, suas habilidades, dedicação e determinação são fundamentais para manter nossas operações em alto mar funcionando de maneira eficiente e segura.
No caso da Oceanicasub X, o cargo de imediata é ocupado por Waleska Loiola, de 37 anos, capitã de cabotagem e oficial da Marinha Mercante. Com 12 anos de carreira no mar, a profissional é formada pela Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM). Waleska é imediata na embarcação que conta com 49 profissionais a bordo e faz atividades com ROV, sigla em inglês para veículo submarino operado remotamente. "Eu conhecia muitas histórias de mulheres que chegaram a comandar, ser imediata, ser chefe e subchefe. Isso me serviu de inspiração", relembra Waleska.
Com embarques de 28 dias, a oficial Waleska conta sobre a dinâmica com os outros profissionais a bordo: "Eu comecei a perceber que após longo tempo trabalhando, com a mesma equipe, já não há mais essa questão de gênero - se é homem ou mulher - somos todos tripulantes. Como a gente passa muito tempo trabalhando junto, acabamos virando uma família. E acho que isso é ótimo”, ressalta Waleska.
Sobre o orgulho da profissão, a imediata do Oceanicasub X explica: "Eu estou há 12 anos no mar porque realmente amo o que eu faço. É muito legal receber o reconhecimento profissional e admiração por onde passo. Não são todas, mas a maioria das pessoas se surpreende positivamente quando me apresento como imediata", afirma Waleska.
A oceanógrafa Iasmim Gargur, de 31 anos, é surveyor na Oceânica, onde tem – entre outras funções – a responsabilidade de manter todo o sistema de aquisição de dados, sensores de movimento e comunicação dos nossos ROVs, sigla em inglês para veículo subaquático operado remotamente. A profissão está em franca expansão, pois é essencial para a operação dos ROVs, já que fornece informações sobre a sua posição no fundo do mar, além de garantir o mapeamento completo e preciso da malha de dutos e demais equipamentos através dos sensores que o surveyor gerencia.
"É gratificante resolver os desafios diários e fazer boas entregas. Assim que entrei na Oceânica fui para a embarcação OCEANICASUB XI e peguei a fase de mobilização. Agora estamos operando em um projeto que abrange diversos tipos de operações; participei de algumas inspeções de casco, inspeções de dutos (flexível e rígido), manuseio de válvula, aperto de estojos e ainda tenho muito para aprender. Trabalhar com o ROV é uma jornada de muito aprendizado e hoje tenho a oportunidade de crescer ainda mais como profissional, trabalhando com algo que desejei muito”, avalia. Com mestrado em geoquímica, Iasmin decidiu pela carreira nos oceanos ainda na época da escola e teve apoio da família, que já conhecia bem o cotidiano do trabalho offshore, por conta do seu pai, que era técnico em Geologia na Petrobras. "É muito bom ter chegado nesse lugar e espero encorajar outras mulheres. Meu conselho para as meninas é: sejam fortes e vamos continuar ganhando nosso espaço!", vibra Iasmim.
Este ano, em particular, é uma oportunidade para refletirmos sobre os avanços que foram feitos em termos de diversidade e inclusão em nossa indústria. À medida que celebramos o Dia Internacional da Mulher no Mar, também reafirmamos nosso compromisso em promover um ambiente de trabalho igualitário, onde todas as vozes sejam ouvidas e todas as contribuições sejam reconhecidas.
Oceânica: Ativos mais seguros para um Mundo mais limpo